(21) 3649 0041

Fale
por WhatsApp

Fale
por E-mail

Coringa: a história por trás do sorriso

Coringa: a história por trás do sorriso

O Coringa estreia semana que vem e voltamos um pouco a fita pra entender esse personagem icônico na história do cinema. Confira!

Segura a ansiedade que O Coringa vem aí! O filme estreia – finalmente! – na semana que vem, dia 03/10, e já estamos na contagem regressiva. Enquanto esperamos, claro que não tínhamos como não falar dessa promessa de sucesso, né?

No longa, Joaquin Phoenix interpreta Arthur Fleck, um homem que trabalha como palhaço durante o dia e tenta engatar na carreira de comediante à noite. Sempre lutando contra seus problemas psicológicos para ser bem aceito na sociedade, mas no fundo infeliz com a vida que leva. Após ser demitido, Arthur é atacado por um grupo de pessoas no metrô e, como resposta, os mata. O caso dá início a um movimento popular contra a elite de Gothan City. Ou seja, não podemos esperar nada menos do que cenas f@!#& (dignas de Oscar, por favor!) que revelam a história do nosso vilão favorito.

O vilão querido

Esse sucesso todo em cima de um vilão tão antigo nos deixa no mínimo curiosos. Afinal, vilões lutam contra o herói e agem fora da lei. Logo, espera-se que sejam odiados. Mas o Coringa foge dessa linha, é um dos maiores personagens da cultura geek e possui uma legião enorme de fãs que torcem pelo seu sucesso, muitas vezes até preferindo ele ao Batman, seu principal inimigo – o herói da história, no caso. 

Há quem acredite que a adoração ao Palhaço do Crime vem da identificação popular com as suas origens. É de fato um personagem frio e cruel, mas, apesar de ter várias versões diferentes nas HQs, em todas há bastante dor, sofrimento e batalhas diárias contra a sociedade que não o aceita bem. 

Enredo perigoso

O clima em torno desse enredo é tão pesado psicologicamente, que o personagem quase foi censurado nos anos 60. A versão que estreia semana que vem também foi questionada por poder conter gatilhos para pessoas com transtornos ou problemas psiquiátricos, e, por isso, recebeu classificação etária máxima. Afinal, estamos falando de um palhaço louco que comete crimes loucos. 

É claro que um personagem tão complexo não poderia ser fácil de lidar – tanto para quem assiste quanto para quem o interpreta; corre em Hollywood a maldição do Coringa, que assombra todos os atores que já mergulharam no papel. 

História no cinema

  • Em 1966, vimos o Coringa ganhar vida pela primeira vez em um live action. Cesar Romero interpretou uma versão mais cômica e atrapalhada do personagem em uma série produzida pela 20th Century Fox Television. Na época, criticaram o papel por ser caricato demais para um ator de tanto respeito e renome. Com isso, não conseguiu se encontrar e sentiu que sua carreira poderia ser abalada – chegou até a sentir fortes dores de cabeça no set tamanha a pressão.

  • Jack Nicholson foi o próximo na linha de sucessão ao papel. Em 1989, Tim Burton dirigiu a sua versão do Batman, com um Coringa mais obscuro e mais próximo do original. O ator mergulhou de cabeça e a princípio estava bem satisfeito e feliz. De fato o resultado foi um sucesso, mas nos bastidores não demorou muito para que a insônia e o estresse chegassem com o peso do papel.

  • O próximo Coringa – e talvez o mais famoso – foi estrelado pelo incrível Heath Ledger em 2008, em Batman: O Cavaleiro das Trevas, dirigido por Christopher Nolan. O ator estava passando por uma fase ruim na época e há quem diga que não foi o melhor momento para ele aceitar o papel. Mas como Ledger nunca jogava baixo, entrou de cabeça, corpo e alma no filme. Se isolou em um hotel por alguns meses antes das gravações, onde escrevia um diário do personagem, treinava vozes, risadas e trejeitos. Paralelo a isso, estava em acompanhamento médico e tomando remédios tranquilizantes. Sua vida se misturou à arte de forma tão intensa, que em janeiro de 2008, seis meses antes da estreia, foi encontrado morto após uma overdose. Heath Ledger ganhou o Oscar pela sua performance naquele ano.

  • Jared Leto veio depois em Esquadrão Suicida, que foi alvo de duras críticas. O filme não foi bem aceito e virou até motivo de piada, mas não podemos deixar de mencionar o empenho do ator para o papel. Ao mesmo tempo que seguiu os passos de Ledger no que diz respeito a encarnar o personagem, criou um Coringa mais moderno e único, ou, como ele mesmo disse: “uma versão mais crível”. No set, presenteou seus colegas de elenco com surpresas inusitadas, como um cadáver de porco, uma caixa com um rato vivo e brinquedos eróticos, na tentativa de embarcar na mente insana e sem limites de seu personagem. Isso deixou todos assustados e alguns até com medo dele. “É um papel muito tóxico de se assumir. Quebrar regras e desafiar a si mesmo e aqueles que o rodeiam de uma forma verdadeiramente única”, disse em entrevista.

  • Joaquin Phoenix vem aí com a promessa de reviver o Coringa icônico que amamos e quem sabe até superar a marca de Heath Ledger. Já foi elogiado por críticos e inclusive já ganhou prêmios no festival de Veneza. Ele é um ator conhecido por filmes mais conceituais, sem nunca ter participado de grandes papéis em um main stream. Então nesta versão do personagem podemos esperar uma atuação mais densa em um filme popular. Vamos ficar de olho no que vem por aí!  

É com certeza um personagem que marcou a história do cinema. E, ao que tudo indica, vai continuar marcando. Semana que vem matamos a curiosidade e começamos uma nova contagem regressiva, dessa vez pro Oscar!