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Peça demissão, assine sua alforria e saia pela porta da frente

Peça demissão, assine sua alforria e saia pela porta da frente

SE O CICLO FECHOU e é do time dos saturados, sugiro que faça isso por você: peça demissão do seu emprego. Assuma sua vida e pare de culpar seu chefe, a empresa ou a inércia dos seus colegas de trabalho por uma insatisfação que é sua e que só você tem o poder de resolver, mudar!

Vai! Acredite no seu potencial! Tenha fé na vida e esteja certa de que vai atrair um novo trabalho, com outros desafios que precisa aprender a vencer.

Sai da sua zona de conforto porque dentro dela não existe crescimento. Vibre pelo novo, antes mesmo dele chegar. Existe um mundo de oportunidades “lá fora” e se buscar de peito e coração aberto, o que procura vai te encontrar.

Banca a louca e pede demissão, vai! Não faz isso com sua vida. Quem te ensinou que trabalho precisa ser duro e estressante se equivocou bonito. Isso é coisa do passado, somos os millennials, lembra? Trabalho é brincadeira séria, coisa que a gente faz porque realmente ama, e curte, e tem tesão, e não se imagina fazendo outra coisa. Trabalho pra mim é isso, não é obrigação chata!

Decidi acreditar nessa loucura de que meu trabalho me ama tanto quanto eu o amo. E assim seguirei enquanto eu puder me permitir! O trabalho perfeito não existe, somos nós mesmos quem o criamos. E isso é simples! Complexo é entender tamanha simplicidade e leveza. Precisa fazer sentido, sabe? Ter nexo, aprendizado! Você precisa acreditar no que faz, meu caro! Qual o sentido de passar SUA VIDA 8, 10, 12, 14 horas por dia fazendo algo que você não ama? Ou no português sensoriano: que tu ache foda, mano!? 

Para mim é coisa de maluco! A resposta não é muito óbvia? E se acha que é delírio da nova geração, sinto dizer que deveria pedir demissão com ainda mais urgência, pra ir logo encontrar o que faz seu coração vibrar.

Pare de carregar problemas que não seus nas costas! Esqueça a linha que divide vida profissional e pessoal porque isso não existe e tudo faz parte de um todo que é você. E isso precisa dialogar com seu propósito, com sua essência, com o que sonha mudar, viver, colaborar, fazer. Acredito muito nessa conexão e acho que isso faz total sentido.

Não deixe que seu salário ou seu status de trabalho, seu cargo, defina os seus dias, a sua vida! Existem significados bem maiores e mais importantes nas entrelinhas disso tudo. E, de novo, só você tem o poder de mudar o que não está satisfeito.

Falo isso por mim mesma! Sempre amei o meu trabalho e as pessoas as quais eu dividia minha rotina. Mas de uns tempos pra cá, a coisa começou a ficar com cara de trabalho tenso. E sabe o que é? O ciclo havia fechado e eu insisti caber num lugar onde não tinha mais espaço pra mim. Porque era cômodo estar ali.

  • Escrevi uma história superbacana na empresa, conquistei uma equipe que eu amava, um cargo de liderança e um salário consideravelmente bom para o mercado – embora, obviamente, eu devesse ganhar mais por todas as funções que exercia (mas isso é papo pra outra crônica!). Fato é que, precisei de mais de um ano para tomar a tal da coragem.
  • Claro que tudo no seu tempo, e cada um tem o seu. Mas depois que bebi dessa dose, me sinto preparada para conquistar e escrever outras experiências tão agregadoras quanto essa, que duraram cinco anos cravados e que levarei comigo como maior carinho e gratidão.
  • Não foi fácil! Mas garanto que valeu a pena! Chorei duas horas seguidas depois que pedi demissão. Num primeiro momento eu pensava: o que estou fazendo com minha vida? Como você vai pagar seu aluguel querida? Tá maluca né! Esqueceu que tem amigas desempregadas e que o índice de desemprego do país só sobe? Minha mãe vai me matar! Meu pai vai me achar louca.
  • Lá no fundo, algo me acalentava. Eu sabia que tudo ficaria bem. Uma amiga me disse: “calma, é só um emprego!”. E eu pensava: mas esse emprego é a minha vida. E tudo o que criei? As planilhas, os textos, as organizações do Trello e o caralho A4?

Preferi ficar com a frase dela, que passava na minha cabeça feito letreiro de ônibus, promoção das Lojas Americanas: calma, é SÓ um emprego.

Não foi fácil desapegar. Me senti bem louca no primeiro dia. E logo depois fui me acalmando. Acredito pra caramba em mim e no meu potencial. Existe um mundo de possibilidades, desafios e conquistas nos esperando. Não dá para viver insatisfeita em empregos que não nos representam mais.

Hoje morro de orgulho da minha atitude e coragem. Fiquei me sentindo ainda mais dona de mim mesma! Em menos de um mês consegui outro emprego. E não me venham com essa de sortuda (ou venham, sorte é sempre bem-vinda!). Acredito que tudo muda quando realmente acreditamos. Faziam meses que eu enviava currículos para várias empresas e nada acontecia. Depois que pedi demissão, além de ter sido chamada para várias outras entrevistas, ainda pude me dar ao luxo de escolher onde queria trabalhar, porque fui chamada para duas agências.

Não está sendo fácil sair da minha zona de conforto, isso é fato. Mas com certeza são todos esses desafios e aprendizados que têm e vão me fazer voar, seguir adiante, desbravando novas aventuras (como essa temporada aqui na Sensorial Web House).

Espero que minhas palavras sejam aquele empurrãozinho que precisa para te encorajar. Vai com tudo porque o mundo é seu!

QUANDO É A HORA CERTA DE PEDIR DEMISSÃO?

Isso é bem pessoal, né? Particularmente, penso em construir histórias, deixar legados e aprender muito, o máximo possível em todas as nossas experiências profissionais. Como já estava há anos na empresa, tinha intimidade com meus chefes e, desde quando esse sentimento começou a me deixar inquieta e senti vontade de procurar novas oportunidades, eu falei com um deles que queria sair. Foi meio que uma saia justa porque o deixei em uma sinuca de bico. Foi uma leve tentativa de pedir aumento e uma forma de me sentir bem comigo mesma. Uma vez que acharia honesto da minha parte enviar currículo para outras empresas estando trabalhando em outra, sem que meus chefes soubessem de minhas insatisfações e frustrações.

De tempos em tempo, soltava uma alertas em tons de brincadeira dizendo que ia embora e tal, até o dia em que eu realmente abri o jogo e disse que havia chegado ao meu limite.

Porém, no dia que tomei coragem, só uma das sócias estava na empresa e falei (aos prantos) com ela. Era muito importante pra mim sair com todas as porta abertas e me deixei totalmente à disposição para qualquer outra coisa que precisarem.

Antes de cumprir o aviso prévio, ainda fiquei mais um mês lá. Eu saí muuuuuuito apegada, mas depois superei e hoje está tudo lindo!

Por Jana Coimbra