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Setembro Amarelo e Marketing: uma relação delicada

Setembro Amarelo e Marketing: uma relação delicada

Como discutir a prevenção do suicídio com responsabilidade, cautela e bom senso na sua empresa e dia a dia.

Aproximadamente e segundo a OMS (Organização Nacional de Saúde), 800 mil pessoas morrem de suicídio por ano. Na maioria dos casos, jovens. Este é um tema polêmico e que precisa ser tratado com muito cuidado, principalmente, durante o Setembro Amarelo, onde milhares de marcas e empresas abraçam a causa, porém, muitas vezes de forma superficial e visando apenas a autopromoção. 

A discussão é mais que necessária. Até porque, o próprio ambiente corporativo pode fazer com que o indivíduo se sinta desmotivado. Imagine o quão complexo deve ser para o funcionário com quadro depressivo ver a empresa levantar a bandeira amarela e, ao mesmo tempo, ser criticado por não conseguir atender todas as demandas, prazos e projetos? 

Não banalize a campanha!

Sim, é indispensável que instituições públicas e privadas apoiem a campanha, mas de forma menos simbólica e banal. Aquilo de simplesmente fazer por fazer, NÃO ROLA. Não trata-se de colocar uma decoração amarela ou um “Mural do Elogio”. Primeiro de tudo, é preciso olhar para os de casa. Tem alguém na sua empresa que se encontra apático, com dificuldades de relação e introspectivo? Converse. Escute-o. Avalie se esse comportamento está relacionado ao ambiente de trabalho e veja que atitudes tomar para oferecer mais qualidade de vida ao colaborador.

O buzz do Setembro Amarelo, gerado pelas mídias sociais, nos leva a refletir como os usuários se expressam na internet. Muitos veem a mobilização como uma rede de apoio, outros já apontam impactos negativos, como o risco de pessoas comuns e sem formação se oferecem para ouvir desabafos de pessoas deprimidas. 

Sendo assim, que tipo de posicionamento as marcas devem aderir?

É preciso olhar a situação de várias perspectivas. Se atitudes humanizadas e empáticas fazem parte da política da sua empresa, elaborar uma boa ação será menos difícil do que parece. Antes de tudo, estude e pesquise sobre o assunto. Entenda melhor sobre os grupos de risco, como as mídias podem afetar o estado emocional dos usuários e não descaracterize o discurso de ninguém. Lembrando que o foco é sempre orientar a busca por ajuda profissional. Facilitar o contato com uma gama de psicólogos e psiquiatras é um bom caminho. Ah, não se esqueça de outro recorte: nem todos têm acesso à rede de saúde privada (na verdade, a maioria). Forneça também canais e serviços de atendimento gratuito. 

Informação pode salvar mais vidas do que mudar o avatar no seu site. Tome uma atitude!

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