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Coronavírus: o impacto da pandemia e posicionamento das marcas

Coronavírus: o impacto da pandemia e posicionamento das marcas

Recentemente, o mundo inteiro parou com a notícia da pandemia do novo Coronavírus, COVID-19, que registrou casos em mais de 80 países nos cinco continentes, tendo em média mais de 30 já com transmissão local.

A população vem sendo instruída desde então a higienizar muito bem as mãos, evitar o contato direto com outras pessoas, não levar as mãos ao rosto, cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir, não compartilhar objetos pessoais, manter os ambientes bem ventilados e fazer o possível para permanecer em casa. Inclusive, em alguns países da Europa onde o vírus está mais forte, os respectivos governos já declararam quarentena, ou seja, não é para sair de casa mesmo!

Com o aumento do número de casos no Brasil na última semana, algumas medidas já estão sendo tomadas por aqui também, principalmente na região sudeste, onde há o maior índice da doença. Escolas anteciparam as férias de julho, cinemas e academias fecharam e bombeiros circulam em locais de aglomeração fazendo uma espécie de toque de recolher.

Essas decisões, apesar da extrema importância para saúde mundial, refletem diretamente na economia, que vem sofrendo uma queda disparada desde dezembro. Afinal, pessoas confinadas em casa não movimentam shoppings, restaurantes, turismo, lojas, shows ou bares. 

Ainda que muitas empresas estejam sentindo o impacto da pandemia em suas rotinas, entenderam a situação e estão fazendo o possível para incentivar que as pessoas sigam as medidas de prevenção. Para isso, várias campanhas estão surgindo, demonstrando compaixão e respeito ao consumidor. 

Iniciativas das empresas

  • As operadoras de TV – Claro, Oi, Sky, Net e Vivo – estão liberando todos os canais  para os assinantes para incentivar que as pessoas fiquem em casa.
  • As empresas de turismo estão possibilitando a alteração da data de viagens que estavam marcadas sem muitas burocracias. O Airbnb, por exemplo, está isentando por enquanto a taxa de cancelamento.
  • Empresas de aluguel de carro, como a Movida, não estão cobrando taxas para retirar o automóvel em uma cidade e entregar em outra. A ideia é facilitar a volta para casa de pessoas que dependem de ônibus.
  • O Burger King divulgou um vídeo falando sobre as medidas de prevenção nas unidades e declarou que parte da receita líquida durante esse período será destinada ao apoio do SUS.
  • Outros restaurantes estão reforçando a importância da higienização das mãos e criando esquemas para que os clientes se sintam seguros, como por exemplo a Domino’s, que liberou a opção da “Entrega sem contato”. Dessa forma, o entregador deixa a pizza na frente da sua porta e mantém uma distância de 2m (recomendação da OMS). 
  • O aplicativo de entregas Rappi também se posicionou, incentivando que os pagamentos sejam feitos online para evitar transações de dinheiro e contato entre o consumidor e o entregador.
  • A Ambev irá produzir álcool em gel para distribuir nos postos de saúde gratuitamente.

  • Além disso, diversas empresas de escritório estão liberando seus funcionários para fazer home office, evitando assim a locomoção. Estão também incentivando que outras façam o mesmo.
  • Por último, o Mercado Livre fez uma alteração no seu logo. Antes eram dois braços fazendo um aperto de mãos, o que deve ser evitado de acordo com as medidas preventivas da doença. Agora, os dois braços estão separados, fazendo um símbolo de força. O mote da campanha é “Juntos. De mãos dadas, ou não”.

    A reação de famosos

    Os famosos também estão aproveitando a sua visibilidade para incentivar as medidas preventivas. Algumas celebridades que estão com o Coronavírus, como Tom Hanks, Idris Elba, Gabriela Pugliesi, Shantal, Di Ferrero e outros, tentam em suas redes sociais acalmar a população alegando que os sintomas são toleráveis, mas reforçando a necessidade de ficar em casa para evitar transmissão para pessoas do grupo de risco.

    A quarentena pode sim se tornar entediante. Sabendo disso, iniciou-se o “Together, At Home: WHO – Global Citizen Solidarity Sessions”, coordenada pelo Global Citizen: um programa de incentivo para que cantores se apresentem de casa através de lives nas suas redes sociais. A ideia é que a cada dia, um artista se mobilize para criar essa onda de solidariedade. O Chris Martin, cantor da banda Coldplay, foi o primeiro a fazer um show online para amenizar o processo e acalmar a população. No dia seguinte, foi a vez do cantor John Legend. Nomes como de Shawn Mendes, Camila Cabello e Charlie Puth já estão prometidos para os próximos dias.

No Brasil, deu-se início a um movimento parecido. O festival #TamoJunto, iniciativa do jornal O Globo, também está convocando nomes para se apresentarem de casa de sexta a domingo, das 18h às 22h. Os shows, simples, com até 30 minutos cada, serão transmitidos de seus próprios perfis e no site do jornal. Alguns dos cantores que abraçaram a causa foram Martinho da Vila, Adriana Calcanhotto, Jorge Vercillo, Nego do Borel e Di Ferrero.

Séries e filmes

Durante todo o caos, a gente nem lembra que outros setores também são afetados. As produções de filmes, séries e novelas tiveram que ser pausadas por conta da pandemia, o que vai adiar datas de estréia e mexer com toda a programação de 2020.

As gravações de séries originais da Netflix tiveram que ser adiadas, como da 2º temporada de The Witcher e a 4º  temporada de Stranger Things. Outras grandes produções também vão sofrer alterações nas datas, como parte da 16º temporada de Grey’s Anatomy, a 2º temporada de Euphoria e a 11º temporada de The Walking Dead.

Além disso, várias estreias no cinema mudaram suas datas, já que quase o mundo todo está temporariamente sem poder sair de casa. Então, os fãs vão precisar esperar um pouco mais para assistir Mulan, Viúva Negra, 007: Sem tempo para morrer, Um Lugar Silencioso 2, Velozes e Furiosos 9 e o filme brasileiro em duas versões sobre Suzane Von Richthofen –  A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais.

As programações brasileiras também foram interrompidas; as novelas e programas ao vivo serão pausados e substituídos por mais tempo de jornal no ar cobrindo a repercussão do Coronavírus e por outras novelas que já fizeram sucesso anteriormente.

O Reflexo do capitalismo

Mas há quem se beneficie em meio à pandemia. Como as recomendações da OMS – Organização Mundial da Saúde – são de usar álcool em gel para lavar as mãos e utilizar máscaras quando necessário, os dois itens estão em falta nos mercados. E quem encontra, se depara com preços abusivos (vale lembrar que se for o seu caso, faça uma denúncia ao PROCON!). É a famosa lei da oferta e da procura; quanto mais necessário for o produto, mais raro e caro ele vai se tornar.

Os mercados também estão sofrendo com a falta de produtos, pois a população, com o medo de quanto tempo pode durar a quarentena, está estocando mantimentos em casa. O próprio comércio está tentando manter a calma dos consumidores e pedindo para que evitem as compras em excesso, afinal, todos precisam de comida, então vamos ter empatia e dividir, ok? 

Lições de uma pandemia

A verdade é que a notícia de uma pandemia não é novidade, mas veio com muita força por conta da cobertura em tempo real e o excesso de informações através da internet. Consequentemente, é entendível que as pessoas estejam assustadas com o cenário mundial. Vale as marcas e empresas agora terem o bom senso para entender que todo o apoio é necessário nesse momento. 

O mundo precisa que as empresas tenham empatia para focar na saúde humana e deixar o dinheiro de lado por enquanto. É interessante divulgar o que está sendo feito para ajudar ou ao menos uma mensagem de solidariedade e preocupação.