Chuva fininha é garoa, é garoa.
Quem é do mar não enjoa, não enjoa.
Chuva fininha é garoa, é garoa.
Homem que é homem não chora! Não, não chora.
Quando a mulher vai embora, vai embora.
Quem quiser saber meu nome,
Não precisa perguntar.
Sou Martinho lá da Vila,
Partideiro devagar.
Quem quiser falar comigo
Não precisa procurar.
Vá aonde tiver samba
Que eu devo estar por lá.
Eu cheguei no samba agora,
Mas aqui eu vou ficar.
Pois quem é mesmo do samba
Vai até o sol raiar.
O sereno ta caindo,
Ta caindo devagar.
Vai cair chuva miúda
E o samba não vai parar.
Serenou lá na Mangueira.
Serenou lá na Portela.
Serenou em Madureira.
Serenou lá na favela.
Serenou lá no Salgueiro.
Serenou lá no Capela.
Serenou na minha casa.
Serenou na casa dela.
Quem tiver mulher bonita
Traga presa na corrente.
Eu também já tive a minha,
Mas perdi num samba quente.
A menina foi embora,
Mas um samba vou cantar,
Pois está mesmo na hora
De ter outra em seu lugar.